Campeonato Paranaense Caiaque Cross

Atenção atletas,

Dias 12 e 13 de julho de 2025, a FEPACAN estará organizando na Cidade de Morretes, no litoral do Paraná, o Campeonato Paranaense de Caiaque Cross, dentro da programação oficial do Festival de Inverno dos Jogos de Aventura e Natureza promovidos pelo Governo do Estado do Paraná.

O Campeonato contará ponto para o Bolsa Estadual e será realizado no sábado à tarde as tomadas de tempo, valendo medalha, e no domingo as semifinais e finais na parte da manhã.

O Regulamento está publicado abaixo. Contamos com o apoio de todas as equipes envolvidas com a Canoagem Slalom no Estado do Paraná.

JAN-MORRETES-CONVITE

Estatuto Registrado

ESTATUTO REGISTRADO-02-06-2025

Pela primeira vez na história da canoagem brasileira os atletas passam a ter mais poder que os próprios clubes filiados. É isso que acontecerá no Estado do Paraná após reforma estatutária aprovada e vigente já para as próximas eleições.

A partir de agora todo atleta maior de 16 anos, devidamente em dia com suas obrigações estatutárias e que tenha participado do Campeonato Estadual do ano anterior ao das eleições presidenciais, terá direito a voto.

Trata-se de uma inovação que quebra paradigmas do esporte nacional. Veja o que diz o Presidente da Federação Paranaense de Canoagem João Emerson dos Santos Kondo sobre o tema:

  • Presidente, a proposta é bastante alvissareira e vai de encontro com o que parece ser o desejo de boa parte da comunidade esportiva, porém sempre esbarrando em forte lob político das instituições nacionais que não deixam de forma alguma que suas entidades filiadas percam o poder de decisão, mesmo com a participação mínima imposta por lei dos atletas. Na Canoagem paranaense o senhor mudou completamente essa liturgia, por que isso aconteceu?

Veja, sem nenhuma demagogia de minha parte, partimos de uma simples análise estratégica de desenvolvimento do esporte. Se o resultado dessa ação vai dar certo ou não, só o tempo dirá. Mas o fundamento principal é o seguinte, a FEPACAN necessita aumentar o número de atletas e clubes. Os dirigentes dos Clubes, por sua vez, que tiverem qualquer pretensão ao comando da Federação Paranaense, terão que “produzir” e “cativar” atletas além de fazer que todos eles participem dos eventos estaduais. No outro lado, quem estiver no comando da FEPACAN e pretender aumentar o seu número de votos deve buscar formar novos clubes no Estado. Perceba que o simples ato de oferecer voto ao atleta, acaba com a zona de conforto de vários setores e aparentemente gera um círculo vicioso que poderá beneficiar todo o esporte. Mais atletas, mais clubes e, consequentemente, mais renda para a FEPACAN. A responsabilidade de todos aumenta, inclusive dos clubes.

  • Por que o senhor afirma que haverá mais responsabilidade para os Clubes?

A partir de agora foram criadas as seguintes categorias de sócios da FEPACAN: (a) contribuinte ou patrimonial que são os clubes filiados; (b) atleta dependente onde estão todos os atletas maiores de 16 anos, porém “dependente” de uma Entidade de Prática Esportiva, ou seja, se o seu clube não funcionar ele também perderá o direito ao voto, de forma que antes de qualquer coisa o atleta terá que cuidar e cobrar que o seu próprio clube esteja em dia com as obrigações estatutárias; (c) atleta aspirante, entre 11 a 15 anos; (d) atleta iniciante, com 10 anos ou menos e, por último, (e) sócio honorário, apenas aos ex-presidentes. Parece razoável imaginar que se os clubes não encontrarem soluções para os seus problemas internos, a demandada dos atletas será grande pois eles vão querer participar do pleito estadual.

  • O peso do voto será igualitário a todos os sócios ou não?

Não. Os Clubes continuam sendo importantes e não queremos quebrar esse protagonismo, além de serem eles os verdadeiros sócios patrimoniais. Se amanhã ou depois a FEPACAN deixar de existir, serão os clubes que definirão o destino do patrimônio. Por esse motivo terão peso 6. Hoje a FEPACAN tem em torno de 10 clubes filiados ou seja, seriam 60 votos, contra algo em torno de 200 votos de atletas.

  • O senhor acha que as demais federações de canoagem do Brasil vão seguir esse modelo e, além disso, se esse formato eleitoral seria interessante ou não para a própria Confederação Brasileira de Canoagem?

Quanto às demais federações de canoagem do Brasil, tenho impressão que a realidade de cada uma é muito semelhante a da FEPACAN onde posso resumir em uma única frase: “pior do que está, não fica”. Infelizmente não há espaço para financiamento público das Federações. Apenas as Confederações e Comitês Olímpicos e Paralímpicos, são agraciados com verbas públicas, de forma que se as Federações não conseguirem representatividade estarão fadadas ao insucesso, por óbvio. Dizer que necessitam buscar recursos através de patrocinadores etc, é chover no molhado. Isso não existe no mundo das federações do esporte da canoagem. O dia que uma das Federações conseguir um patrocinador oficial de peso, o planeta marte já deverá estar sendo habitado. Portanto, o que resta a todas é correr atrás dos apoios dos respectivos governos estaduais e municipais e buscar renda com o seu produto que são os eventos e seus associados.

Quanto ao modelo ser empregado na Confederação Brasileira de Canoagem, confesso-lhe que tenho minhas dúvidas. É muito cedo para tirarmos conclusões, por mais democrática que seja a proposta, é necessária uma análise mais aprofundada, pois ao contrário das federações, que não possuem um “pardal para dar água”, a CBCa possui hoje receitas e resultados bastante dignificantes seja através das atividades olímpicas ou paralímpicas. Acredito que neste modelo todos são obrigados a trabalhar com maior profissionalismo e deixar que os resultados digam por si só. Profissionais com resultados ficam. Aqueles sem resultados deverão deixar a função com muito mais celeridade.

Campeonato Brasileiro e Paranaense de Iniciantes

Fotos: ASCOM CBCa

Aconteceu na turística Cidade de Foz do Iguaçu neste final de semana de 23 a 25 de maio, no Lago Inferior do Parque da Piracema da Itaipu Binacional, o Campeonato Brasileiro e Paranaense de Canoagem Slalom de Iniciantes. Neste Parque está inserido o Canal Itaipu, o primeiro construído artificialmente para o esporte da Canoagem Slalom em todo o Continente Americano.

Graças ao Projeto Social Esportivo Meninos do Lago, patrocinado pela Itaipu Binacional, com apoio institucional do Município de Foz do Iguaçu, o evento bateu todos os recordes em número de participação e de embarcação. Anteriormente o recorde era de Primavera do Leste, Mato Grosso, quando no ano de 2013 participaram 132 atletas com 214 embarcações, lembrando que naquela época o atleta poderia participar em até três modalidades: C2, C1 e K1. Em Foz o Campeonato Brasileiro contou com 245 atletas que participaram em 382 embarcações (K1, C1 e Cross), passando a ser recorde histórico e muito difícil de ser batido fora da Cidade de Foz do Iguaçu pelos motivos bem explicados pela Coordenadora do Projeto Meninos do Lago, Magda Couras.

“Em decorrência da parceria com o Município de Foz do Iguaçu e a Itaipu Binacional, estamos conseguindo oferecer a canoagem para mais de 1.200 crianças em 6 Centros Escolas Bairro que possuem piscinas na Cidade. Além desses 6 centros onde a canoagem é oferecida como mais uma oficina escolar, temos ainda a participação de 120 crianças diretamente no Canal Itaipu, ou seja, tenho impressão que só Foz do Iguaçu tem muito mais crianças praticando canoagem com metodologia voltada à Canoagem Slalom e Caiaque Polo que todo o resto do Brasil”.

A assertiva acima não deve estar errada pois muito embora não haja possibilidade de logística e tampouco técnica de se levar todos que praticam a canoagem em Foz em eventos, pois seriam necessários algo em torno de 30 ônibus, o IMEL ainda conseguiu inscrever 183 atletas.

Sendo assim, o grande exponencial quantitativo brasileiro, é natural que os resultados gerais sejam os alcançados nos moldes dos 12 anos ininterruptos de vitória dessa agremiação no cenário nacional. Entretanto, ao contrário do que alguns dizem, o quantitativo é sim importante na questão de participação em todas as categorias, porém, há que se lembrar que se uma equipe estiver com apenas 13 atletas em categorias diferentes e todos conquistarem ouro (8 K1 – 8 C1 – 12 Cros), já conseguirá alcançar 1.300 pontos, ou seja, ninguém mais conseguirá bater esse clube de forma que o IMEL tem que ser reverenciado pela questão quantitativa e também qualitativa, pois é o único clube capaz de alcançar essa pontuação já há um bom tempo.

A ATOCA – Associação Tomazinense de Canoagem é um bom exemplo dessa constatação, participou com apenas 13 atletas, em 10 categorias das 22 categorias existentes na competição e, graças ao seu desempenho de 4 ouros, 4 pratas e 4 bronzes acabou somando 700 pontos e ficando em terceiro lugar na geral.

Além do IMEL e da ATOCA o Clube Semeando Sonhos de Tibagi também fez bonito em Foz do Iguaçu, fazendo com que o Estado do Paraná atingisse 86,45% do total de embarcações o que é assustador, porém não surpreende, pois faz tempo que o Estado tem se destacado quantitativa e qualitativamente nessa disciplina olímpica.

O campeonato encerrou da seguinte forma: 1-IMEL (PR) = 1375 pontos; 2-APEN (SP) = 875 pontos; 3-ATOCA (PR) = 700 pontos; 4-ASCAPI (SP) = 400 pontos; 5-ASTECA (RS) = 400 pontos e SEMEANDO (PR) = 100 pontos.

Segundo o Presidente da Federação Paranaense de Canoagem, João Emerson dos Santos Kondo, o evento foi muito bem organizado em um local apropriado para a prática de canoagem dos atletas mais novos e sugere ainda a criação da categoria FUSQUINHA para os atletas com até 10 anos de idade:

“A CBCa está de parabéns por mais esse evento muito bem organizado que deixou todos atletas e equipes felizes com a estrutura e logística montados. Gostaria também de estender esse agradecimento ao IMEL, Prefeitura de Foz do Iguaçu e, claro, a Itaipu Binacional que é a grande responsável pela base da Canoagem Slalom no Brasil. Sem a presença marcante dessa Empresa, os números dessa modalidade seriam deprimentes. Aproveito para deixar aqui uma mensagem ao Comitê da Modalidade da Canoagem Slalom do Brasil: criem a categoria FUSQUINHA. Todos os clubes hoje possuem essa embarcação e mesmo que não possuíssem é muito mais barato adquirir esse modelo do que os barcos maiores. Os FUSQUINHAS foram a grande sensação do evento, o domínio que os atletas mostraram nesta embarcação seja sentado (K1) ou ajoelhado (C1) é de arrepiar quem gosta do esporte. Além disso, qualquer educador físico sabe que para atletas dessa idade é importante que as atividades esportivas sejam iniciadas de forma adequada, considerando a idade e o talento da criança, para evitar danos físicos e prejudicar outras atividades. Atleta que não couber nessa embarcação, participará da categoria INFANTIL. O que não pode acontecer é o fato de um ou dois atletas alegar não caber na embarcação prejudicando a didática e a própria saúde de todos os demais”.

Resultados Oficiais do Campeonato Brasileiro

Campeonato Paranaense de Canoagem Slalom de Iniciantes

As mesmas provas que aconteceram no Campeonato Brasileiro foram utilizadas para as premiações do Campeonato Paranaense de Iniciantes.

Resultados-paranaense- Slalom iniciantes

 

13º Jogos Paradesportivos do Paraná

Aconteceu no dia 18 de maio na bonita Cidade de Foz do Iguaçu, no Lago Superior da Itaipu Binacional, o Campeonato de Paracanoagem e Dragon Boat previstos na programação oficial dos 13º Jogos Paradesportivos do Paraná.

Participaram das provas de Paracanoagem os Municípios de Curitiba, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu e Siqueira Campos. No masculino o Município campeão foi Cascavel com 66 pontos, seguido de Londrina com 50 pontos e Curitiba com 46 pontos.

No feminino foi a vez de Curitiba e Londrina brilharem, ambos com 21 pontos, porém pelo critério de desempate (número de medalhas de ouro), a Capital sagrou-se campeã. Em terceiro lugar ficou o Município de Cascavel com 13 pontos.

Já na categoria Dragon Boat, onde 22 mulheres vencedoras do câncer de mama, navegam em uma embarcação de 15 metros, pesando 250 kg, participaram os Municípios de Londrina, Santa Terezinha do Itaipu, Foz do Iguaçu e Cascavel.

Os quatro Municípios fizeram a tomada de tempo de forma individual e depois semifinal e final disputando em duplas na raia de 200 metros. O melhor tempo do dia foi de 1:08.47 realizado pelo Município de Londrina na final disputada com Santa Terezinha do Itaipu.

Londrina finalizou o evento com 21 pontos, seguido de Santa Terezinha do Itaipu com 18 pontos e Foz do Iguaçu com 16 pontos. Para o Presidente da Federação Paranaense de Canoagem, João Emerson dos Santos Kondo, existe a necessidade dos clubes paranaenses valorizarem ainda mais os Jogos Paradesportivos do Estado do Paraná, insistindo na participação junto às respectivas secretarias municipais:

“Os Jogos Paradesportivos do Governo do Estado do Paraná são simplesmente espetaculares, com infraestrutura semelhante aos mais importantes eventos internacionais. Dificilmente encontramos atletas ou membros das comissões técnicas reclamando sobre qualquer tema que se refere às competições. O Governo do Estado do Paraná oferece estrutura extremamente dignificante aos paratletas paranaenses, de forma que a canoagem tem que ser cada vez mais participativa e protagonista desse importante congraçamento social. É necessário que todos os clubes solicitem o apoio dos seus respectivos municípios e participem das categorias existentes. Para 2026 pretendemos participar com muito mais atletas que nesta edição de 2025 e vamos trabalhar muito para que isso aconteça”.

Os Jogos Paradesportivos do Paraná são organizados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Esporte (Sees). A segunda fase da competição teve como destaque as provas decisivas de parataekwondo, paracanoagem, dragon boat, bocha, atletismo e handebol.

A competição visa à valorização e inclusão de atletas com deficiência. Na cerimônia de encerramento, o diretor de Esportes da Sees, Cristiano Barros Del Rei, destacou o compromisso do Governo do Estado com a inclusão esportiva.

“O Paraná tem um olhar especial para o paradesporto”, disse. “Estamos avançando com investimentos em centros de referência, equipamentos especializados, apoio a universidades e ações que ampliem ainda mais o acesso ao esporte para todos”, concluiu.

Além disso, Cristiano também anunciou que Foz do Iguaçu será novamente a sede dos Jogos Paradesportivos em 2026, reafirmando a parceria com o município e o sucesso da atual edição.

 

O Paraná na Canoagem Slalom

Aconteceu neste final de semana (25 a 27 de abril) na Estância Turística de Piraju, no Estado de São Paulo o Campeonato Sul-americano de Canoagem Slalom e Cross, com a participação de 95 embarcações na Prova de Canoagem Slalom e outras 53 embarcações na Prova de Canoagem Slalom Cross, modalidade que estreou nos Jogos de Paris. O evento contou com a participação de atletas do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Paraguai.

O bonito Rio Paranapanema que corta a Cidade é famoso na canoagem pela impetuosidade de suas águas que foge completamente da rotina normal dos competidores dessa disciplina. Um simples dado técnico resume bem essa característica única do Canal de Piraju e esse dado está relacionado ao volume de água. Muito embora neste final de semana o volume tenha ficado abaixo de eventos passados, os atletas remaram com 130 m3/s, isso significa aproximadamente onze vezes mais aos volumes encontrados nas principais pistas de competição do mundo, podendo ser citados Londres-2012, Rio-2016, Tóquio-2021 e Paris-2024 onde absolutamente todos são convencionados para 12 m3/s.

A despeito da sua característica sui generis é um local encantador, ainda mais agora com uma estrutura muito boa de passarelas o que facilitou a locomoção de árbitros, atletas e público. Trata-se de um palco cinematográfico que deveria ser explorado muito mais pela canoagem brasileira para eventos televisivos com imagens radicais, com participação de reduzido número de atletas, como é o caso do “Verão Espetacular” da Rede Globo. Usar as características locais para divulgar o Município e o esporte, como, por exemplo, já acontece com alguns eventos de downhill, sendo o mais famoso o “Escadarias de Santos”.

Já para as competições de canoagem olímpica propriamente dita, o fator sorte limita a qualidade técnica do local, pois em virtude do alto volume de água e a grande profundidade alguns redemoinhos surgem a cada momento em diversas partes da pista, sem falar na difícil possibilidade de resgate em caso de emborcamento com atleta ficando preso em qualquer obstáculo de fundo. Isso tudo é muito desafiador e, por vezes, faz a diversão de alguns atletas como bem relatou o atleta argentino Sebastian Rossi:

“Conheci as águas daqui, tem muito refluxo e ‘coisas estranhas’ que pegam a gente, é um canal com bastante particularidade, mas gostoso demais”.

Independentemente dos resultados onde tudo pode acontecer o Campeonato Sul-americano demonstrou mais uma vez a força da canoagem paranaense.  Ao final o Time Brasil conquistou 28 medalhas sendo 11 de ouro. Dessas 28 medalhas, 18 são de atletas do Paraná, ou seja, 64,28% dos resultados do Brasil. Os atletas medalhistas foram:

……………………………………………………………..  OURO         PRATA     BRONZE

  • Gerson Terres – IMEL-FOZ DO IGUAÇU                  3                  1
  • Milena Sofia – IMEL-FOZ DO IGUAÇU                     1                  1
  • Daniela Sofia- IMEL-FOZ DO IGUAÇU                     1
  • Bruna Siqueira-IMEL-FOZ DO IGUAÇU                                                          1
  • Anna Clara Leal-ATOCA-TOMAZINA                                             1
  • Micaelly de Godói-ATOCA-TOMAZINA                                          1                 1
  • Nicole Gomides-ATOCA-TOMAZINA                                             1
  • Kleber Kerling-ATOCA-TOMAZINA                                                1                 2
  • André Luiz de Paula-SEMEANDO-TIBAGI                                    1
  • Allan Kauã-SEMEANDO-TIBAGI                               1                                     1

 

PEQUENA SUGESTÃO PARA A CANOAGEM DE PIRAJU

Sem nenhuma aresta de petulância, mas apenas na ânsia do Brasil ganhar mais um local espetacularmente apropriado para a disciplina olímpica da Canoagem Slalom, a CBCa deveria resgatar a ideia proposta pelo atleta Pepe Gonçalves que certa feita sugeriu a construção de um canal semiartificial na margem direita do Rio Paranapanema, iniciando ao lado da Garganta do Diabo com as dimensões e o volume necessários para a Canoagem Slalom.

Sem dúvida alguma o local sugerido é estrategicamente bem localizado e não teria grandes impactos no meio ambiente e nas bonitas paisagens atuais. Muito pelo contrário, Piraju ganharia mais um enorme atrativo turístico com potencial de atrair os principais atletas do mundo.

Lembrando sempre que Piraju tem “excesso de água” para a Canoagem Slalom e que na “Garganta do Diabo” passa um volume médio de 140 m3/s, sendo que para o esporte de alto rendimento é necessário apenas 12 m3/s. Desviar esse pequeno volume para um canal lateral a ser dimensionado e estruturado de acordo com os fundamentos técnicos e de segurança do esporte não teria grandes impactos ambientais ainda mais considerando todo o contexto da barragem já existente e etc.

Trata-se de um trabalho de engenharia que está muito longe de poder ser considerado complexo, pois se trata apenas de canalizar algo em torno de 8% da água já existente para dentro de um canal a ser adaptado ao esporte com desnível de 1,5% a 2%. Vai custar caro e dependerá de recursos do Governo Estadual e Federal, mas o que pode ser considerado caro para uma Cidade que já colaborou com quatro atletas olímpicos e uma centena de medalhas para o Time Brasil?

Um canal com a segurança necessária e dentro dos padrões normais do esporte, atrairá atletas e equipes do mundo todo principalmente nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, onde as águas do hemisfério norte estão congeladas. Trata-se de um mercado turístico milionário que com certeza, tornará o local autossustentável e Piraju confirmará ser realmente a “Cidade da Canoagem”.

 

Copa Brasil de Paracanoagem em Siqueira Campos

Entre os dias 26 e 27 de abril na acolhedora Cidade de Siqueira Campos, localizada no Norte Pioneiro do Estado do Paraná, aconteceu a segunda etapa da Copa Brasil de Paracanoagem. A competição serviu como classificatória para o Campeonato Mundial de Paracanoagem, que será realizado em agosto, na cidade de Milão, Itália.

O Município de Siqueira Campos e a Confederação Brasileira de Canoagem não mediram esforços para preparar o “Balneário da Alemoa” da melhor forma possível visando recepcionar os mais de 40 atletas desta modalidade paralímpica que estiveram presentes e realmente o local não deixou a desejar para nenhum evento nacional e até mesmo alguns de nível internacional.

Segundo declarações em páginas sociais do incansável Secretário de Esporte de Siqueira Campos, Luciano dos Santos, o evento foi um sucesso de público e um show de superação:

“A Copa Brasil de Paracanoagem foi um verdadeiro show de superação e coletividade, com grande público e provas emocionantes”

Disse ainda que:

“Quanto mais importante for o evento, maior será a nossa responsabilidade. A Copa Brasil de Paracanoagem foi mais um dos grandes eventos que realizamos aqui, demonstrando mais uma vez a capacidade organizacional da nossa equipe. O evento foi fantástico recebemos no Balneário da Alemoa várias autoridades, atletas renomados nacionalmente, turistas e comunidade sendo que todos saíram elogiando, isso para nós é o combustível necessário para que continuemos nossa jornada procurando fazer sempre o melhor e assim elevarmos ainda mais o nome da nossa querida Siqueira Campos”.

O evento contou com a participação do atleta com maior número de resultados internacionais para o Brasil. Esteve presente o tricampeão mundial e bicampeão olímpico Fernando Rufino, o “Cowboy de Aço”. A expectativa dele era simplesmente essa:

“A expectativa é sempre chegar na melhor forma física e técnica. Gosto de chegar numa boa forma psicológica também, focado, escutando uma boa moda sertaneja e cumprimentando todos os companheiros de equipe. É a minha forma de me sentir bem”.

Após ter protagonizado um momento inédito recebendo sua premiação montado em um cavalo, gentilmente cedido por um criador local, Rufino esbanjava alegria e soube reconhecer o árduo trabalho do Município e da própria CBCa em oferecer mais um grande evento nacional:

“Só tenho a agradecer ao Município de Siqueira Campos e ao pessoal da Alemoa que juntamente à Confederação Brasileira de Canoagem nos entregaram uma excelente competição. Todos estão de parabéns e quero voltar mais vezes para esse local encantador”.

Por fim, um dos grandes responsáveis pelo evento, o treinador local Marcelo Carsten, que lutou bravamente para conquistar o direito de sediar a Copa Brasil disse estar bastante satisfeito com os resultados alcançados.

“Queríamos de uma forma ou outra agradecer ao Município de Siqueira Campos, na pessoa do Prefeito Luiz Germano e, em especial, o nosso Secretário de Esporte Luciano Santos, que sempre estiveram conosco nessa difícil caminhada de implantar um esporte ainda pouco conhecido da população brasileira. Conquistar um evento para o Município foi a forma encontrada para retribuir, mesmo que de forma pequena, todo o auxílio recebido até os dias de hoje”.

REPRESA DE CHAVANTES

O Balneário da Alemoa é banhado pelas águas do Rio Paranapanema que formam a Represa de Chavantes. Esta Represa possui, além da Alemoa, vários locais excepcionais para a prática da canoagem e por alguns anos já foi palco de training camp de equipes europeias, como a República Tcheca que por dois anos consecutivos escolheram Ribeirão Claro para a temporada durante o rigoroso inverno do hemisfério norte.  Agradou tanto que um ex-atleta theco adquiriu uma casa no Distrito da Cachoeira do Espírito Santo, no Município de Ribeirão Claro, onde passa alguns meses por ano com sua família.

Talvez um projeto bem estruturado com a participação efetiva do Governo do Estado possa ser capaz de resgatar essa captação do milionário mercado do turismo esportivo de alto rendimento, onde as principais equipes do mundo buscam alternativas para treinos durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro devido ao congelamento de seus locais de prática.

Esse mercado, quando conquistado, modifica completamente a realidade local, pois são alguns milhares de dólares que as grandes equipes gastam para manter de 20 a 40 membros concentrados por 30 a 90 dias com todo conforto que esses atletas merecem. Claro que a estrutura tem que ser digna dos grandes centros de treinamentos, porém, hoje às margens dessa Represa já existem grandes resorts disponíveis para as equipes e a qualidade da água existente é incomparável a qualquer outro local do mundo.

Oxalá um dia essa Represa abra novamente esse mercado para os europeus e norte-americanos, o que vai auxiliar imensamente o esporte no Brasil e alavancar as escolinhas de canoagem que estão sendo implantadas na região, como é o caso de Siqueira Campos, Carlópolis e Ribeirão Claro.

Novo Estatuto FEPACAN

ESTATUTO-FEPACAN-2025-V4

EDITAL-MUDANCA_ESTATUTARIA_

Prezados associados da FEPACAN, como é de conhecimento de todos, a legislação esportiva brasileira tem sofrido inúmeras modificações nestes últimos anos com o intuito de transformar o esporte nacional em atividade mais democrática e transparente.

Sem entrar no mérito das novas redações agora consubstanciadas na Lei Geral do Esporte (Lei 14.597, aprovada em 14 de junho de 2023), faz-se necessário que a Entidade de Administração da Canoagem no Estado do Paraná, atualize seu estatuto para obediência da Lei.

É com muito prazer e orgulho que a FEPACAN apresenta sua nova proposta de Estatuto que deverá ser homologada em assembleia definida para o dia 26 de abril, às 20 horas, na Cidade de Siqueira Campos, conforme Edital já publicado.

Trata-se de uma mudança completa principalmente na questão dos associados, onde o atleta deixa de ser apenas “cadastrado” e passa a ser sócio da FEPACAN, com direito a voto, a partir dos 16 anos, desde que participe efetivamente dos eventos paranaenses.

Art. 23– O quadro social da FEPACAN é constituído pelas seguintes categorias de associados:

IContribuinte ou Patrimonial: Será o Clube filiado que contribui financeiramente com a FEPACAN, através de pagamento da anuidade e outras obrigações financeiras estipuladas em conformidade com o presente Estatuto;

IIAtleta Dependente: Atleta maior de 16 anos, obrigatoriamente vinculado e dependente a uma Entidade de Prática Desportiva. Deverá estar em dia com seus compromissos estatutários e participar dos eventos estaduais, além de contribuir financeiramente com a FEPACAN, através de pagamento da anuidade e outras obrigações financeiras estipuladas em conformidade com o presente Estatuto;

IIIAtleta Aspirante: Atleta entre 11 a 15 anos, pertencente aos quadros de uma associação filiada, que participa dos eventos estaduais e que contribui financeiramente com a FEPACAN, através de pagamento da anuidade e outras obrigações financeiras estipuladas em conformidade com o presente Estatuto;

IIIAtleta Iniciante: Atleta de 10 anos ou menos, pertencente aos quadros de uma associação filiada, que participa dos eventos nacionais e estaduais e que não contribui financeiramente com a FEPACAN, estando livre de quaisquer taxas;

IVHonorário: Apenas aos ex-presidentes, por merecimento, devidamente agraciados pelo Conselho de Administração ou pela Assembleia com essa condição reconhecendo na prática de ação de relevante valor em favor da FEPACAN ou ao desporto em geral não havendo que se falar em anuidades ou taxas.

A todos os filiados uma boa leitura lembrando que o texto poderá sofrer alterações de acordo com sugestões dos Clubes filiados que deverão encaminhar antes da realização da assembleia.

Eleições na FEPACAN

Foram realizadas no sábado (7/12) as eleições para a Diretoria Executiva da Federação Paranaense de Canoagem e composição do Conselho Fiscal para o quadriênio 2025-2029. A sessão aconteceu na sede da Confederação Brasileira de Canoagem, em Curitiba, e contou com a presença de representantes de sete clubes paranaenses dos doze devidamente cadastrados e em dia com suas obrigações cadastrais.

Apenas uma chapa apoiada pela atual diretoria se inscreveu tendo João Emerson dos Santos Kondo, de Tomazina, como presidente e Cleverson Silva dos Santos, de Curitiba, como Vice-Presidente, sendo aclamada eleita. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Emerson Cezar Gomides, de Tomazina, Willian Fernando de Souza Oliveira, de Foz do Iguaçu e André Luiz de Paula, da Cidade de Tibagi.

Para Argos Gonçalves Dias Rodrigues, presidente da gestão de 2020 a 2024, muita coisa foi feita neste último quadriênio, porém, muita coisa ainda ficou para ser complementada pela Chapa vencedora:

“Pegamos a Federação há quatro anos com o objetivo de sanar pendências financeiras e jurídicas que dificultavam a administração e até mesmo colocava em risco o futuro da Entidade. Hoje essas principais ações já estão resolvidas e algumas pendências de ordem fiscal estão parceladas, de forma que em pouco tempo a nova gestão já poderá contar com as Certidões Negativas que são fundamentais para novos projetos. Gostaria de agradecer a parceria do Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Esporte e Paraná Esporte, que nos deu totais condições de realizar o maior número de eventos da história da Entidade em apenas um ciclo olímpico, o apoio da Confederação Brasileira de Canoagem, nossa eterna parceira no desenvolvimento da canoagem paranaense e, por último, claro, nossos clubes e atletas que sempre colaboraram nos eventos realizados sendo a razão de existir da própria FEPACAN”.

João Emerson do Santos Kondo, novo presidente, disse em seu pronunciamento que a FEPACAN sempre foi uma das principais federações de canoagem do Brasil e continuará sendo se depender dele e do Cleverson, seu vice-presidente:

“Se o Governo do Estado do Paraná continuar com a mesma política de auxílio às Entidade de Administração Estadual, como foi nos últimos anos, a Federação continuará com número bastante interessante de eventos estaduais. Em conversa com o Cleverson, pretendemos apresentar um calendário de eventos para o ano de 2025 até o início de janeiro após visitarmos a Secretaria Estadual e conhecer do calendário dos Jogos de Aventura e Natureza para o próximo ano. Preciso agradecer aqui o apoio da Confederação Brasileira de Canoagem, que tem nos dado muito suporte, inclusive administrativo, e dizer ao Presidente Girotto que pode continuar contando com a nossa parceria pois os objetivos da canoagem paranaense comungam com os objetivos da canoagem brasileira”.

As associações que estiveram representadas foram o Instituto Meninos do Lago-IMEL, de Foz do Iguaçu, Associação Tomazinense de Canoagem-ATOCA, Associação Ribeirão-clarense de Canoagem-ARCCA, Clube de Natação e Regatas Comandante Santa Rita-CCSR, Associação Semeando Sonhos-SEMEANDO, de Tibagi, Clube de Canoagem São José dos Pinhais-CCSJP e Associação Náutica Curitiba-ANC.

Campeonato Paranaense e Brasileiro de Canoagem Slalom

Mais um grande evento olímpico realizado no Estado do Paraná dentro da Programação dos Jogos de Aventura e Natureza. Dessa vez aconteceu na Cidade de Tomazina, no Norte Pioneiro, em parceira com a Secretaria de Esporte do Paraná, Paraná Esporte, Confederação Brasileira de Canoagem, Federação Paranaense de Canoagem e o Município de Tomazina que fez um brilhante trabalho em prol da Canoagem Slalom brasileira.

Entre os dias 20 a 24 de novembro foram realizados o Campeonato Brasileiro da 1ª e 2ª Divisão da Canoagem Slalom e o Campeonato Paranaense que acabou aproveitando as mesmas provas para definir também os melhores atletas do Estado. Aliás, diga-se de passagem, há muitos anos o Paraná domina a Canoagem Slalom nacional, seja na base ou nas categorias principais.

Para o presidente da Federação Paranaense de Canoagem, Argos Gonçalves Dias Rodrigues que entregará o cargo nas próximas eleições que deverão ocorrer no início de dezembro, o evento foi um sucesso, principalmente em número de atletas iniciantes, isso graças principalmente às escolas do Estado do Paraná.

“Esse foi o meu último evento desportivo à frente da Canoagem Paranaense. Agora em dezembro entrego o cargo para um novo presidente. Não poderia ter escolhido local melhor para encerrar o meu ciclo na organização de campeonatos, pois foi aqui em Tomazina, no ano de 1988, que iniciei os eventos de Canoagem Slalom que ainda não havia no Estado do Paraná. Por esse motivo e pelo fato de ver o Estado sobressaindo em quantidade e qualidade de atletas, saio extremamente satisfeito com a história que auxiliei a implantar no Estado. Oxalá que os sucessores continuem com esse árduo trabalho, sempre em parceria com a Secretaria de Estado do Paraná e com os municípios, pois sem eles o esporte não crescerá”.

O evento contou com a participação de 172 atletas iniciantes e oficiais. Destes, 116 atletas pertencem ao Clube de Foz do Iguaçu (IMEL), Tomazina (ATOCA) e Tibagi (SEMEANDO), ou seja, quase 70% (setenta por cento) dos atletas da modalidade residem no Estado do Paraná, demonstrando, de forma incontestável, que a Canoagem Slalom paranaense merece uma atenção especial do Estado e da União, pois aqui está o futuro do próprio Time Brasil.

No Ranking por Clubes, onde os atletas somam os pontos através das medalhas, terminou da seguinte forma:

2ª DIVISÃO (iniciantes):

IMEL (Foz do Iguaçu-PR) = 2.200 pontos

ATOCA (Tomazina-PR) = 875 pontos

SEMEANDO (Tibagi – PR), ASTECA (Três Coroas – RS) e APEN (Piraju – SP) todos com 325 pontos

ASCAPI (Piracicaba-SP) = 225 pontos

ACARIOMAR (Manaus-AM)= 100 pontos

ACRIONE (Manaus-AM)= 50 PONTOS

GUARAREMA (SP) – CCMA (Manaus-AM) e BOTAFOGO (Rio de Janeiro – RJ)= NÃO PONTUARAM

1ª DIVISÃO:

IMEL e APEN (Piraju-SP) empatados com 975 pontos, sendo que no critério de desempate (número do medalhas de prata) o IMEL ficou em primeiro lugar.

ATOCA (Tomazina-PR)- 350 pontos

ASTECA (Três Coras-RS)-200 pontos

BOTAFOGO (Rio de Janeiro)- 200 pontos

SEMEANDO (Tibagi-PR)- 75 pontos

ASCAPI (Piracicaba); ACARIOMAR (Manaus-AM), ACRIONE (Manaus-AM), Guararema (SP), CCMA (Manaus-AM) – todos com 0 ponto.

Ao ser homenageado com a placa de Moção de Aplauso oferecida pela Confederação Brasileira de Canoagem e Federação Paranaense de Canoagem, o Prefeito Municipal Flávio Zan disse emocionado que a canoagem é uma grande ferramenta de impulsionamento turístico e social do município:

“A canoagem começou com o Argos no ano de 1988 aqui em Tomazina através de grandes festivais que alavancaram o turismo local. Porém, naquela época, o objetivo era simplesmente a festa e não o esporte. Agora mudamos um pouco o foco, investimento em uma escola social de canoagem onde já temos mais de 50 alunos de escolas públicas e vários resultados importantes, inclusive internacionais. Somos a segunda escola que mais pontua no Ranking Nacional nas categorias iniciantes e estamos trazendo para o Município um outro público mais interessado no próprio esporte, como os atletas e suas respectivas famílias e os aficionados por esses esportes de aventura. Sem dúvida foram oito anos de muito avanço na questão turística e desportiva e tenho certeza que isso não deverá parar com o próximo prefeito eleito”.

Fotos oficiais podem ser encontradas aqui

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