Ontem (30/05/2024) foi realizado no bonito Lago Igapó em Londrina, as provas de Dragon Boat e Paracanoagem dos 12° Jogos Paradesportivos do Paraná com a participação de atletas dos Municípios de Londrina, Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel e Siqueira Campos.
PROVAS DE DRAGON BOAT
Sem dúvida essa disciplina inovadora tem que ser mais bem aproveitada pela canoagem brasileira, pois além do impacto visual que destoa das pequenas embarcações e desperta interesses no público e na mídia, as provas são realmente muito empolgantes.
Em Londrina participaram as equipes que representaram os Municípios de Foz do Iguaçu, Curitiba e Londrina. Todas as atletas venceram a difícil batalha do câncer de mama e o número não é pequeno, pois em cada barco que mede 15 metros com 250 kg de peso, comporta 22 competidoras. Dez remadoras no lado direito outras dez no lado esquerdo, uma sentada batendo o tambor e ditando o ritmo da remada e outra em pé orientando a embarcação com um enorme leme de popa.
Na fase de “tomada de tempo” Curitiba fez o melhor tempo com 01:07:25 já garantindo a disputa pela medalha de ouro. Em seguida veio Londrina com 1:08:61 que acabou disputando com Foz do Iguaçu 1:08:74, quem iria para a grande final contra o Município de Curitiba.
Na fase seguinte, agora na disputa em duplas, Foz do Iguaçu e Londrina fizeram uma bonita competição, sendo vencida por Foz do Iguaçu com o melhor tempo conquistado no dia de 1:06:51 e Londrina também melhorando sua performance baixou seu tempo para 1:07:84.
Para encerrar a grande final foi marcada por equívocos das duas equipes, sendo que Curitiba invadiu a raia de Foz do Iguaçu e esta, ao invés de continuar no evento, simplesmente saiu da raia desistindo da competição. Retornou em seguida após apelo do público e sonorização. Para a Comissão Organizadora ambas equipes infringiram o art. 10.3.1 da Paracanoagem da FIC.
Como não houve nenhuma transgressão mencionada nos artigos 10.6.1 e seguintes do Regulamento Maior, a Comissão Organizadora em rápida decisão solicitou que ambas as embarcações retornassem à largada onde na segunda oportunidade proporcionaram um brilhante encerramento dos Jogos.
Repetindo o ano passado Foz do Iguaçu venceu com o tempo de 1:08:53 contra 1:16:34 do Município de Curitiba. Dessa forma Foz do Iguaçu ficou com a medalha de ouro; Curitiba com a prata e Londrina com a medalha de bronze.
Para a edição de 2025 espera-se a entrada de pelo menos mais uma equipe no Dragon Boat que deverá ser Cascavel que será muito bem-vinda. Uma questão que deve ser observada com carinho por todas as equipes de Dragon Boat é solucionar o transporte dessas embarcações, que realmente causam algum transtorno para os Municípios. Em princípio, parece uma boa alternativa sugerir aos Municípios que elaborem Edital de contratação de carreta específica para transporte de Dragon Boat.
No Paraná, haverá uma única empresa na Cidade de Cascavel que cumpre com as obrigações de trânsito para isso e essa mesma carreta poderá levar até quatro barcos de forma muito mais simples, ágil e com menores custos para todos. Porém, desde já, as equipes devem negociar com seus respectivos municípios.
PARACANOAGEM
O grande destaque na Paracanoagem foi Ray Anderson Nascimento Ribeiro, representando o Município de Cascavel que acabou fazendo o melhor tempo geral, com 46:59 segundos, na categoria KL3 200 METROS. Aliás, foi a prova mais diputada do dia, com Jefferson Vieira Machado em segundo lugar com 47:32, representando o Município de Londrina e Raphael dos Santos em terceiro lugar com 48:40, remando pelo Município de Curitiba.
No masculino a maior pontuação foi do Município de Londrina, com 66 pontos, seguido de Curitiba com 59 pontos, Foz do Iguaçu com 55 pontos e Cascavel com 47 pontos. No feminino, Cascavel deu show com 28 pontos, seguidos por um empate em segundo lugar de Curitiba e Londrina, ambos com 22 pontos e Siqueira Campos com 14 pontos.
K2 (DI)
A Paracanoagem não pode parar de crescer seja quantitativamente com atletas e municípios seja com a melhora qualitativa de seus resultados. O Paraná já é expressão nacional e internacional e para que haja cada vez mais reconhecimento do Governo do Estado do Paraná, há que se investir no quantitativo.
Leonardo Shinta Malinoski da Silva e Gabriel Alves Santos, de Curitiba e Foz do Iguaçu, respectivamente, foram simplesmente sensacionais na disputa pela categoria K2 200 M (DI) e vão entrar para a história dos Jogos como sendo os dois primeiros atletas com Deficiência Intelectual a participar dos Jogos Paradesportivos do Paraná.
A Federação Paranaense não tem nenhuma dúvida que é nesta categoria que a quantidade de atletas vai crescer de forma significativa, para isso basta que os Clubes procurem a parceria com as APAES de suas respectivas Cidade. Os barcos serão sempre K2 rotomoldados que são extremamente estáveis e qualquer atleta poderá participar junto ao seu treinador. Oxalá os Jogos Paradesportivos de 2025 contem com mais de 20 atletas nesta disciplina. Sim, isso é perfeitamente possível de acontecer, acreditem clubes do Paraná.
PRESENÇAS IMPORTANTES E GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Durante as competições vários representantes da Paraná Esporte e da Comissão Organizadora dos Jogos estiveram presentes acompanhando as provas da Paracanoagem e do Dragon Boat, representando o Secretário Hélio Wirbiski e o Governador Ratinho Júnior. Há tempos a FEPACAN reconhece de forma pública que o crescimento da canoagem no Estado do Paraná nestes últimos anos, seja nos eventos olímpicos, paralímpicos como também nas demais disciplinas são frutos do auxílio incomensurável dessa gestão. Vários programas como o JAN, GOP a inclusão do Dragon no Parajaps dignificam o esporte e o expande a cada ano quantitativa e qualitativamente.
Outra institutição sempre parceira é o Conselho Regional de Educação Física, onde o presidente Gustavo Brandão e seu assessor Fernando Priess acompanharam da primeira à última prova saindo após o término do evento em mais uma clara manifestação de empatia para com a canoagem paranaense.
RESULTADOS FINAIS- DRAGON BOAT-V2